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Luiz Fernando Dias Duarte, Rachel Aisengart Menezes, Transpersonal Ether: personhood, family and religion in modern societies. in: Vibrant – Virtual Brazilian Anthropology, v. 14, n.1. January to April 2017. Brasília, ABA. Available at http://www.vibrant.org.br/luiz-fernando-dias-duarte-rachel-aisengart-menezes-transpersonal-ether-personhood-family-and-religion-in-modern-societies/

Abstract

This article consists of a theoretical review of the conjunction between lived experience of family belonging and religious encompassment in modern societies, resorting to data resulting from a comparative study of personhood, family and religion in urban Brazil, concentrated in a network of upper social strata and in a medical context of palliative care. In both contexts people move in what may be called a “transpersonal ether”, a complex enmeshing of personhood in kinship and religious experiences that far exceeds the limits of the rational, autonomous, units privileged by hegemonic scientific knowledge and individualistic ideology. Our interest is to contribute to the understanding of the processes and characteristics of the “extended self” in general modern conditions and to explore the circumstances in which these dimensions tend to become more explicit, as phenomenological limits and counterparts to the individualization and disenchantment that has characterized Western modernity.

Keywords: family; personhood; religion; relatedness; palliative care.

Éter transpessoal: pessoa, família e religião nas sociedades modernas

Resumo

Fazemos neste artigo uma revisão teórica da conjunção entre a experiência vivida do pertencimento familiar e a do englobamento religioso nas sociedades modernas, com base em dados resultantes de um estudo comparativo sobre pessoa, família e religião no Brasil urbano, concentrado em uma rede dos estratos sociais superiores e em um contexto médico de cuidados paliativos. Em ambos os contextos os sujeitos se movem no que se pode chamar de um “éter transpessoal”, um complexo entranhamento da pessoa na experiência religiosa e no parentesco que ultrapassa os limites das unidades racionais e autônomas privilegiadas pelo conhecimento científico hegemônico e pela ideologia individualista. Nosso interesse é o de contribuir para a compreensão dos processos e características do “eu extenso” nas condições modernas em geral e de explorar as circunstâncias em que essas condições tendem a se tornar mais explícitas, como limites e contrapartidas fenomenológicas à individualização e ao desencantamento que caracterizam a modernidade ocidental.

Palavras-chave: família; pessoa; religião; relacionalidade; cuidados paliativos.