Letícia Maria Costa da Nóbrega Cesarino, “Anthropology of development and the challenge of South-South cooperation”
Download Article (PDF)
CESARINO, Letícia Maria Costa da Nóbrega. “Anthropology of development and the challenge of South-South cooperation”. in: Vibrant – Virtual Brazilian Anthropology, v. 9, n. 1. January to June 2012. Brasília, ABA. Available at http://www.vibrant.org.br/issues/v9n1/leticia-maria-costa-da-nobrega-cesarino-anthropology-of-development-and-the-challenge-of-south-south-cooperation/
Abstract
This article explores some of the challenges and potentials that the emerging phenomenon of South-South cooperation (SSC) might pose to major approaches in the international literature on the anthropology of development. Irrespective of particular politico-conceptual preferences, the latter’s analytics have been largely crafted based on ethnographic work about development aid provided by Northern agencies or North-led multilateral organizations. Based on my own fieldwork experience with Brazil’s contemporary provision of official technical cooperation in tropical agriculture to various countries in the African continent, I propose a discussion about four sets of themes: Foucauldian approaches to development based on notions of governmentality and discourse; the associated question of politics/depoliticization; the institutional aspect of development cooperation as a national and global industry and bureaucracy; and the question of ethnographic authority and the transit between what David Mosse has referred to as field (relations entertained with informants during fieldwork) and desk (relations entertained with academic peers during ethnographic writing).
Keywords: South-South cooperation, anthropology of development, Brazil, Africa
Resumo
Este artigo explora alguns dos desafios e potenciais que o fenômeno emergente da cooperação Sul-Sul coloca para algumas das abordagens prevalentes na literatura internacional sobre antropologia do desenvolvimento. Independente de preferências político-conceituais particulares, as perspectivas analíticas nesta última tem sido amplamente baseadas em trabalhos etnográficos sobre a ajuda para o desenvolvimento oferecida por organizações multilaterais ou agências bilaterais do norte global. Com base em experiência de campo com a cooperação técnica oficial em agricultura tropical oferecida pelo Brasil ao continente africano, proponho uma discussão acerca de quatro grandes problemáticas: abordagens foucaultianas para o desenvolvimento baseadas nas noções de governamentalidade e discurso; a questão da des/politização; o aspecto institucional do aparato da cooperação para o desenvolvimento enquanto uma burocracia e indústria global e nacional; e a questão da autoridade etnográfica e do trânsito entre o que David Mosse propôs chamar de campo (relações estabelecidas com informantes durante o trabalho de campo) e mesa (relações estabelecidas com pares acadêmicos durante o processo de escrita etnográfica).