Abstract

Representations created about and by people without fixed residence taken in by French humanitarian associations are the focus of an ethnography I conducted in Paris from 1997-2002. This article emphasizes the contrast between two autobiographies: that of the director of the association Les Haltes des Amis de la Rue and that of one of its users. Although they use similar literary images, the two witnesses reveal contrasting views about the structure of the association. In addition to discussing the power of the images for the construction of the relationship between identity and alterity, I intend to emphasize here the importance of incorporating feedback from the subject studied in ethnographic research.

Resumo

As representações criadas sobre e pelas pessoas sem domicílio fixo acolhidas por associações humanitárias francesas constituem o centro de minha etnografia, realizada em Paris entre 1997 e 2002. Nesse artigo, coloco em evidência o contraponto revelado entre duas autobiografías: a da diretora da associação Les Haltes des Amis de la Rue e a de um de seus frequentadores. Embora sirvam-se de imagens literárias semelhantes, os dois testemunhos revelam pontos de vista antitéticos sobre a estrutura asociativa. Além de discutir o poder das imagens para a construção da relação entre identidade e alteridade, pretendo defender aqui a importancia da incorporação do feed back do sujeito estudado na pesquisa etnográfica.

Résumé

Les représentations créées sur et par les personnes sans domicile fixe fréquentant les associations humanitaires françaises sont le centre de mon ethnographie réalisée à Paris entre 1997 et 2002. Dans cet article, je mets en évidence le contrepoint existant entre l’autobiographie d’un accueilli et celle de la directrice de l’association Les Haltes des Amis de la Rue. Malgré l’utilisation d’images littéraires semblables, les deux écrits révèlent des points de vue antithétiques sur cette structure associative. Au-delà de discuter la puissance des images pour la construction du rapport identité/alterité, je souhaite défendre ici l’importance de l’incorporation du fied back du sujet étudié dans la recherche.