Natália Alves Barbieri & Cynthia Sarti, Too much love: institutional care for old age
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Natália Alves Barbieri & Cynthia Sarti, Too much love: institutional care for old age. in: Vibrant – Virtual Brazilian Anthropology, v. 13, n.1. January to June 2016. Brasília, ABA. Available at http://www.vibrant.org.br/issues/lastest-issue-v-13-n-1-01-062016/cynthia-sarti-natalia-alves-barbieri-too-much-love-institutional-care-for-old-age/
Abstract
This paper, which is an exercise in articulating anthropology and psychoanalysis to the study of care for elderly people, is based on an ethnographic case study of an institution caring for the elderly in the city of São Paulo. It seeks to understand the representations of old age, aging and care, and what motivates professionals who provide assistance to the aged. Love, care and attention, understood by professionals and staff as requirements for a good job performance, are designated as donation (gift), regardless of technical knowledge. Recurrent references to both charity (gift) and biomedicine (technique) models, have implications for caring for the aged. For different reasons, both management models converge in a practice in which the elderly appear submitted to the intentions of another. The idea of gift as a supposedly unintentional action reveals care as a power relationship.
Keywords: Care, Old Age, Institutionalization, Biomedicine and Gift, Ethnography, Psychoanalysis.
Resumo
Este texto, um exercício de articulação entre antropologia e psicanálise para pensar o cuidado a pessoas idosas, baseia-se em um estudo de caso etnográfico numa instituição asilar no Município de São Paulo. Busca-se compreender as representações de velhice, envelhecimento, cuidado e o que move a assistência à velhice. Amor, carinho e atenção, entendidos pelos profissionais e funcionários como requisitos para o bom exercício da tarefa, são concebidos como doação (dom) e independem do saber técnico. Recorrentes referências aos modelos de gestão do trabalho com a velhice baseados tanto na noção de caridade (dom) quanto na biomedicina (técnica) têm implicações para o cuidado; por motivos diferentes, ambos convergem para uma prática em que o velho aparece submetido às intenções de um outro. A ideia do dom como uma suposta ação desinteressada evidencia o cuidado como uma relação de poder.
Palavras-chave: Cuidado, Velhice, Institucionalização, Biomedicina e Dom, Etnografia, Psicanálise.