Ilana Seltzer Goldstein, “Visible art, invisible artists?”
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GOLDSTEIN, Ilana Seltzer. “Visible art, invisible artists? The incorporation of Aboriginal objects and knowledge in Australian museums”. in: Vibrant – Virtual Brazilian Anthropology, v. 10, n. 1. January to June 2013. Brasília, ABA. Available at http://www.vibrant.org.br/issues/v10n1/ilana-seltzer-goldstein-visible-art-invisible-artists/
Abstract
The creative power and the economic valorization of Indigenous Australian arts tend to surprise outsiders who come into contact with it. Since the 1970s Australia has seen the development of a system connecting artist cooperatives, support policies and commercial galleries. This article focuses on one particular aspect of this system: the gradual incorporation of Aboriginal objects and knowledge by the country’s museums. Based on the available bibliography and my own fieldwork in 2010, I present some concrete examples and discuss the paradox of the omnipresence of Aboriginal art in Australian public space. After all this is a country that as late as the nineteenth century allowed any Aborigine close to a white residence to be shot, and which until the 1970s removed Indigenous children from their families for them to be raised by nuns or adopted by white people. Even today the same public enchanted by the indigenous paintings held in the art galleries of Sydney or Melbourne has little actual contact with people of Indigenous descent.
Keywords: Australian Aboriginal art; Indigenous art; anthropology and museums; ‘artification.’
Resumo
A pujança criativa e a valorização econômica da arte indígena australiana surpreendem os estrangeiros que dela se aproximam. Desde os anos 1970, vem se constituindo, na Austrália, um sistema que compreende cooperativas de artistas, políticas de fomento e galerias comerciais. O foco do presente artigo recai sobre um aspecto particular desse sistema: a gradual incorporação de objetos e conhecimentos aborígines pelos museus. Com base na bibliografia existente e em pesquisa de campo realizada em 2010, apresentarei exemplos concretos e discutirei o paradoxo da onipresença da arte aborígine no espaço público australiano. Afinal, trata-se de um país que, no século XIX, permitia atirar em qualquer aborígine próximo a uma residência de brancos e que, até os anos 1970, removia crianças indígenas, para que fossem criadas por freiras ou adotadas por brancos. Até hoje, o mesmo público que se deleita com pinturas indígenas em museus de Sydney ou Melbourne tem pouco contato com pessoas de ascendência indígena.
Palavras-chave: Arte aborígene australiana; arte indígena; antropologia e museus; ‘artificação.’